Filtro cultural é novamente rejeitado

E o Zarabata vai continuar a fazer shows. Depois de mais uma trapalhada da CC Filtro Cultural, Maria Inez Périco, que não faria nada sem o consentimento do secretário Antonio Feldmann e do Prefeito Sartori, o próprio Feldmann voltou atrás e disse que tudo não passou de um mal entendido.

No desespero pela péssima repercursão da medida, tentou dizer, o secretário, que havia “partidarização da questão”. Na verdade essa é uma desculpa comum utilizada pela prefeitura para esconder a péssima gestão. As falas do secretário foram claríssimas. Ele e a sua CC Filtro Cultural, disseram que os freqüentadores do Ordovás, quando tem show, depredam o patrimônio público, consomem drogas nos arredores e incomodam os moradores.

A população disse justamente o contrário. Nem a Associação de Moradores do Panazzolo, bairro onde fica o Ordovás, disse que havia reclamações de barulho. Na verdade os shows no Zarabatana dão vida ao lugar.

O que a prefeitura esconde é que falta uma revitalização nos arredores do Centro de Cultura. Ao lado da UAB há dois prédios (um prédio e uma ruína) abandonados. Ao lado do novo Salão de Teatro há escombros do que foi uma chaminé. Até mesmo na frente da escada que dá acesso a pracinha tem um buraco que ano após ano está recebendo lixo, por sorte ninguém quebrou um pé caindo nele.

A nova Sala de Teatro, apesar de reformada, tem uma série de defeitos. A luz do camarim vaza para a platéia, a rede elétrica está subdimensionada e pode ocorrer queda de luz se ela for muito exigida, como aconteceria num show. O pior de tudo é que a obra foi feita pela metade. A prefeitura utilizou uma verba do governo federal que seria para a reforma do Amarp para fazer a Sala de Teatro, reformar a sala de exposições (esconder ela do público) e para reforma do Amarp. Resultado: a Sala de Teatro tem problemas, o Amarp está pequeno e a sala de exposições afasta as pessoas que, por ventura, gostariam de olhar uma exposição.

Todas essas ações não são isoladas. Elas representam a visão de cultura que essa administração tem: elitista, conservadora e utilizada como propaganda. Como já virou frase célebre não estamos na Capital da Cultura e sim na Cultura do Capital.

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