DCE PUC RS perde a razão e apela para a baixaria, mais uma vez

Acho que a imagem que definiria melhor a palavra "escândalo" no dicionário seria uma do DCE da PUC/RS. Essa entidade, dita estudantil, está há mais de 15 com o mesmo grupo comandando e sem fazer eleições democráticas. Tudo bem eles dizem que fazem, mas a urna é escondida, a votação é de um dia e ninguém consegue ler os editais.

Agora durante o processo de escolha dos delegados ao Congresso da UNE a situação tomou proporções de revolta. Haviam se inscrito 4 chapas, porém a diretoria da entidade impugnou todas aquelas que não eram ligadas a situação. O mais absurdo disso é que os representantes da universidade são eleitos segundo o número de votos de cada chapa, ou seja, todos participariam. Mas aí há um outro problema, eles não queriam nenhuma outra chapa pois assim não haveria questionamento ao DCE, ou seja, eles quiseram calar a oposição.

A PUC vive quase num regime de excessão. Lá não se pode panfletear. Os Diretórios Acadêmicos, os poucos que existem, não podem passar em sala. De outro lado o DCE recebe fartos recursos, pagos compulsoriamente pelos alunos. Valores que alcançam as centenas de milhares de reais por ano!

Mas a tática, que é sempre usada, dessa vez não funcionou. E os estudantes gritaram, acamparam na frente do DCE, foram expulsos pela própria PUC e na segunda feira, no dia da "eleição para o congresso da UNE" a coisa acabou em agressão. Duas estudantes foram agredidas em uma sala onde estava a urna. As eleições aconteciam somente em um dos blocos, que estava com as portas fechadas. No vídeo abaixo há o flagrante da agressão.



Esses acontecimentos são lamentáveis e demonstram o grau de aparelhismo que o DCE da PUC/RS alcançou, não podemos deixar de dizer que a maior parte dos integrantes dessa e das gestões anteriores é ligado ao vereador Mauro Zacher (PDT/POA).

Nos solidarizamos com o movimento dos estudantes da PUC em prol da democracia na sua entidade estudantil. Abaixo reproduzimos uma nota da Marcha Mundial de Mulheres sobre as agressões sofridas por duas estudantes.

Foto: Tanam Hennicka


NOTA DE REPÚDIO A TRUCULÊNCIA  DO DCE DA PUC COM A CONIVÊNCIA DA PUC/RS

Nós, da Marcha Mundial das Mulheres RS, repudiamos veementemente a violência praticada pelo patriarcado, por meio de seus representantes no DCE da PUC/RS e todo conservadorismo da Pontifícia Universidade Católica, onde, mais uma vez, as mulheres foram vítimas. Machismo, abuso de poder, constrangimento ilegal e conivência de toda a instituição marcaram os fatos ocorridos ao longo das duas últimas semanas, em especial na noite de ontem (13/6).

O DCE da PUC/RS  é reincidente nestas práticas nos processos de eleição, que constantemente terminam assim, em violência. Desta vez as vítimas foram duas militantes do movimento estudantil, que estavam lá para garantir a democracia e transparência do processo eleitoral do Congresso da União Nacional dos Estudantes.
Em outros momentos, já foram presenciados, inclusive, casos de morte. Todo processo de  eleição vai parar na justiça, pois há fraudes, mas a conivência da Reitoria mantém o sistema.

Não vamos mais tolerar estas práticas, que sempre acabam em violência, perseguição da oposição, preconceito, falta de transparência e suspeita de fraudes.

Toda a nossa solidariedade às companheiras que foram vítimas de violência física por parte dos integrantes do DCE da PUC/RS. Sabemos que um dia essa história vai  mudar e que isto só acontecerá com a nossa luta!

Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

Marcha Mundial das Mulheres-RS

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