Muita indignação, nem tanta mobilização

Hoje, segunda-feira,  aconteceu em frente à Prefeitura o "Ato contra o Descaso da Saúde Pública em Caxias do Sul". O movimento, apesar de tardio pode ser que renda alguns frutos. Cerca de 100 pessoas, mobilizadas pela UAB, CUT, CTB e Movimento Estudantil participaram do evento.

As falas ressaltaram o sentimento de abandono sentido pela população. De fato a prestação dos serviços de saúde pública se agravaram bastante nesses últimos 6 meses de greve. A Prefeitura está mostrando para quem governa e mostrando que saúde não é sua prioridade. Além dos reclames (com toda a razão) do movimento comunitário, incluindo o relato de um caso de óbito decorrente de mal atendimento na rede, também apareceu o descontentamento dos servidores municipais com a situação. Os profissionais da saúde estão sobrecarregados com a greve e prometem paralisar se a situação não se resolver.

Foram dezenas de falas de dirigentes sindicais, comunitários e estudantis. E foi isso mesmo só dirigente. O horário escolhido, 14 horas, impossibilitou que a maioria da população participasse do ato.  Alguns oradores lembraram isso em suas falas, ressaltando a importância das pessoas que estavam ali, representando as que não puderam estar.

Esse fato, a pouca participação, deve ter deixado alguns setores, principalmente da UAB, feliz, pois a entidade vive uma briga interna entre Sartoristas e não Sartoristas e, como todo mundo sabe, a não resolução do impasse com os médicos afeta, em muito, a imagem do prefeito.



O movimento que organizou o ato entregou um documento ao Prefeito Municipal (bem não foi a ele pois o Sartori não estava presente na Prefeitura) reivindicando a imediata tomada de providências. A comissão foi recebida pela Secretária de Saúde, Maria do Rosário Antoniazzi (DEM) e por demais integrantes do governo que se resumiram em dizer que a prefeitura havia feito uma proposta ao Sindicato Médico na semana passada.

Na semana passada Prefeitura e Sindicato dos Médicos estiveram reunidos pela enésima vez e parece que desta vez a Administração sinaliza com uma proposta que agrada à classe médica, com reajuste de cerca de 65% para os novos profissionais concursados.

Quem não gostou da ideia foi o Sindiserv (Sindicato dos Servidores Municipais) que diz não ter sido consultado sobre a proposta, pois está em andamento uma Comissão Paritária que discute o novo quadro de servidores e salários. Eles entendem que o caso deveria passar pela comissão.

Quarta-feira haverá Assembleia dos Médicos para analisar a proposta da Prefeitura e então baterão o martelo. Será?

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