O Burgueseiro não nega suas raízes
Ano após ano surgem críticas aos diversos materiais publicitários produzidos pela Prefeitura de Caxias do Sul que ignoram a existência dos afrodescendentes na cidade e no mundo. Principalmente nos cartazes de divulgação da Festa da Uva foram diversas as vezes em que nenhum negro ou negra apareceu na publicidade do evento (dê uma olhadinha no cartaz de 2006). Sem esquecer das soberanas da Festa da Uva, que além da escassez da etnia, nunca teve entre as eleitas uma mulher negra. Claro, claro... Os italianos são todos branquinhos e, por consequência, todos os seus descendentes e, por consequência, toda a cidade de Caxias.
A Vereadora Ana Corso (PT), percebendo a ignorância dos publicitários do Poder Público municipal, protocolou proposta de projeto de lei que estipula um mínimo de 30% de participação de atores ou figurantes afrodescendentes nas campanhas publicitárias do município.
Só pra variar, O Burgueseiro (Pioneiro) rechaçou a ideia, argumentando que as cotas reforçam a discriminação, em um raciocínio evidentemente conservador. Logicamente, o ideal é não ter cotas. Mas se não fossem elas, hoje a participação negra nas universidades e no serviço público continuaria ínfima. Trata-se de realizar uma reparação histórica com os afrodescendentes, que até pouco mais de um século atrás eram escravos dos brancos. Como lembrou a vereadora, precisa-se tratar de forma desigual os desiguais.
Os negros e negras de Caxias do Sul também construíram a história da cidade e merecem sair da invisibilidade. A cidade tem que começar a olhar com outros olhos a sua própria diversidade cultural e étnica que, há muito tempo, não se restringe mais à descendência italiana.
A Vereadora Ana Corso (PT), percebendo a ignorância dos publicitários do Poder Público municipal, protocolou proposta de projeto de lei que estipula um mínimo de 30% de participação de atores ou figurantes afrodescendentes nas campanhas publicitárias do município.
Só pra variar, O Burgueseiro (Pioneiro) rechaçou a ideia, argumentando que as cotas reforçam a discriminação, em um raciocínio evidentemente conservador. Logicamente, o ideal é não ter cotas. Mas se não fossem elas, hoje a participação negra nas universidades e no serviço público continuaria ínfima. Trata-se de realizar uma reparação histórica com os afrodescendentes, que até pouco mais de um século atrás eram escravos dos brancos. Como lembrou a vereadora, precisa-se tratar de forma desigual os desiguais.
Os negros e negras de Caxias do Sul também construíram a história da cidade e merecem sair da invisibilidade. A cidade tem que começar a olhar com outros olhos a sua própria diversidade cultural e étnica que, há muito tempo, não se restringe mais à descendência italiana.
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