Conta de luz baixa, conta da água sobe, você consegue entender?

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma anunciou ontem, em rede nacional de rádio e televisão a redução de 18% na conta de energia elétrica para os usuários residenciais e de 32% para as indústrias. A proposta para a redução dos valores da energia elétrica foi feita pelo governo federal ainda no ano passado e foi possível com a diminuição de impostos para o setor de distribuição e geração de energia e com a prorrogação dos contratos de concessão. 

Logo essa proposta sofreu forte resistência por parte da oposição e da mídia, por incrível que pareça. A oposição fez lobby para que as companhias, nos estados administrados por eles, a CESP de São Paulo, a CEMIG de Minas Gerais e a COPEL do Paraná foram contra a proposta do governo. Isso obrigou o Tesouro a injetar mais de R$ 5 bilhões para garantir a redução da tarifa. Os três governos dos PSDB preferiram garantir os lucros das empresas privadas ao invés de favorecer a população.

A redução dos valores valem a partir de hoje mas o consumidor só sentirá os reflexos dele nas contas de fevereiro. Coincidentemente no mesmo momento em que teremos que pagar um REAJUSTE de 19,6% nas contas do Samae. Ao contrário do Governo Dilma, o Sartori/Alceu resolveram passar o peso do endividamento do Samae para os consumidores.

O fato de ser a primeira vez que uma tarifa pública é reduzida mereceria a capa de todos os jornais, porém vimos exatamente o contrário. O Burgueseiro silenciou sobre o pronunciamento de Dilma. A Folha de Caxias, colocou na capa, mas a manchete era sobre o Rodeio Criolo. O Iotti que alguns dias atrás fez uma charge recrutando as pessoas a reclamarem do aumento da gasolina, preferiu fazer lobby a favor das empresas de pedágio. Ele calou quanto a redução da tarifa de energia elétrica como calou a respeito do reajuste do Samae.

A "turma do contra"

No seu pronunciamento em rede nacional a presidenta Dilma foi incisiva no que pode se chamar "a turma do contra". A presidenta falou:

"Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único kilowatt que precisava, e agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas. "
Foi um recado direto aos "urubus" da grande mídia que tentaram espalhar o pânico do apagão. Do lado da oposição as reações do discurso presidencial foram risíveis. Cristovão Buarque (PDT) disse que o governo está promovendo o desperdício de energia. Alvaro Dias (PSDB) ia pedir direito de resposta. Para o conservadorismo brasileiro você, cidadão, não tem direito de pagar uma tarifa menor. Gastar energia elétrica, segundo os dois Senadores, deveria ser um privilégio da elite.

Em outro trecho do pronunciamento Dilma tranquiliza os brasileiros:

"Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país. Vamos reduzir os custos do setor produtivo, e isso significa mais investimento, mais produção e mais emprego. Todos, sem exceção, vão sair ganhando."
 Para finalizar dá uma dura lição naqueles que não querem que o Brasil cresça e distribua renda:
  
Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda. Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar. Não faltou comida na mesa, nem trabalho. E nos últimos dois anos, mais 19 milhões e 500 mil pessoas, brasileiros e brasileiras, saíram da extrema pobreza.
Há seis meses atrás a Presidenta foi para TV e Rádio dizer que iria baixar os juros. Os "especialistas" contratados pelo PIG disseram que isso não acontecia. Hoje percebemos que realmente aconteceu e que eles vão cair ainda mais. É por isso que cada vez mais a população não acredita na Globo, ainda bem.

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