Pobres pombas

Não deu outra: as pombas que apareceram mortas em dezembro do ano passado foram, de fato, envenenadas. É o que apontaram os laudos do Laboratório Pró-Ambiente, de Porto Alegre, para onde foram enviadas as amostras para análise toxicológica. O veneno é semelhante ao utilizado para ratos.

Inicialmente, o poder público deu pouca importância ao fato, chegando o ex-secretário, a declarar que não iria atrás do motivo das mortes dos animais. A pressão popular apertou e a Secretaria do Meio Ambiente enviou o pedido de análise a Porto Alegre.

Há alguns anos Caxias convive com a proliferação de pombas na área central do município. No início era bonitinho (não que hoje não o seja). Mas o número exagerado dos pássaros vem trazendo problemas sanitários, pois as pombas podem transmitir doenças e acabam, infelizmente, por emporcalhar o passeio público.

Muitas pessoas ficaram "aliviadas" com a morte da pombas (mesmo que não digam), outras se estarreceram. Fato é, que não é benéfico à cidade ter uma população tão grande desses pássaros, o que deveria ter sido controlado pela política de meio ambiente municipal.

Assim, as pombas são um espelho do que acontece em outras áreas que sucumbem à falta de planejamento e ao descaso do Poder Público: os moradores de rua estão começando a aumentar, o crack está em todo lugar, o crescimento da cidade está desordenado. E assim por diante...

Depois, não adianta chorar o leite derramado, ou lamentar pelos animais mortos e chamar a polícia. Quando os problemas atingem proporções insolúveis a culpa é da falta de planejamento e das políticas inadequadas.

A culpa não é das pombas. Pobres pombas...

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