Dois pesos e duas medidas na "liberdade de imprensa" da RBS

O assunto do momento é a blogueira cubana Yoani Sánchez. Nem vamos levar muito em conta a importância dela pois, francamente, sua falsa história de perseguida política já foi desmascarada a muito tempo e apenas os leitores da Veja acham sério. O Polenta News já publicou uma matéria, há um ano atrás, desmistificando a aura de "lutadora da liberdade" que Yoani diz ter (leia aqui).

Não se deixe manipular
Yoani, na minha singela opinião, tem todo o direito de falar o que quiser, desde que não tente derrubar o governo, ou destruir as instituições. Se ela acha que existem problemas em Cuba deve falar, escrever, reclamar, como está fazendo, e como ela saiu de Cuba, viveu vários anos na Suiça e depois voltou para a sua terra natal, parece que não é tão perseguida assim.

Outro lado da história é a defesa, seletiva, da "liberdade de expressão" da mídia brasileira, em geral, e especial, no nosso caso da RBS. Um exemplo evidente desses dois pesos e duas medidas, foi o caso, em julho do ano passado, da passagem de Cesare Battisti por Caxias do Sul (veja aqui). A intolerância tresloucada, semelhante a que dizem que aconteceu com Yoani, chegou ao ponto de haver uma ameça de bomba na livraria que faria a sessão de autógrafos. Battisti veio para Caxias, deu uma curva na turma consevadora e até tomou um cervejinha no Copacabana. Mas alguém viu a RBS dizer, em editorial que isso era censura ou que feria a liberdade de expressão? Os veículos do grupo cobriram o fato como qualquer outro, sem dar muita repercursão.

Outro exemplo é a censura que a Folha de São Paulo pratica ao blog, de humor, "Falha de São Paulo". Hoje, por coincidência, o Tribunal de Justiça de São Paulo, manteve a decisão de tirar do ar o blog que fazia uma sátira ao jornal paulista. A Folha de São Paulo, como diz o Paulo Henrique Amorim, é um jornal que você não deve deixar sua avó ler pois eles publicam palavrão. Além disse criaram o termo "ditabranda" para tentar dizer que a ditadura não tinha matado tanta gente assim no Brasil. A Folha de São Paulo, junto com a Veja, Estadão e o Globo, completam os quatro cavaleiros do apocalipse que formam o PIG. Nesse caso alguém dirá que a Folha atentou contra a liberdade de expressão? Dificilmente.

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