Para quem acha que a lei da meia entrada existe em Caxias...

Estudantes pressionaram mas base governista foi insensível
Após a manutenção dos vetos do prefeito Alceu Barbosa (PDT) a 3 artigos que tentavam deixar mais efetivas a lei da meia entrada em Caxias do Sul, a discussão que se seguiu alegava que a lei da meia entrada já existia em Caxias, o que é verdade, e que a nova lei era dispensável, o que era mentira.

O principal defensor dessa tese foi o vereador, estreante, Rafael Bueno (PCdoB), que foi também o mais criticado por seu voto favorável ao veto. Foi tão criticado que chegou a perder a compostura e decoro nas redes sociais e na imprensa. Bueno foi inclusive o que mais defendeu o governo Alceu nesse ponto.

Porém a vida real mostrou o quanto a proposta da vereadora Denise Pessoa (PT) era importante. Dois shows agendados para os próximos dias em Caxias do Sul não cumprem a lei da meia entrada. Um deles e o da dupla Jorge e Mateus. A produtora do show, Bulls do Brasil, informou, quando questionado pelo DCE/UCS que a venda de ingressos com meia entrada só acontecerá para os ingressos adquiridos na hora.

Outro show, do Nando Reis, que tem como produtora a Morphine, que foi a mesma que concedeu meia entrada para estudantes depois de ser ameçada, pelo DCE/UCS, te representação na justiça, diz, segundo O Caxiense, que a venda com meia entrada será apenas no segundo lote. Entretanto a empresa não disse quantos ingressos são os promocionais e nem qual o valor do segundo lote.

Se o projeto da vereadora Denise tivesse sido aprovado essa tramoia das produtoras não valeria pois a meia entrada tinha que ser, inclusive, sobre os ingressos promocionais. A multa também aumentaria, seria 10 vezes maior, o que pesaria bastante no bolso. 

Esses dois exemplos, Jorge e Mateus e Nando Reis, mostram como a legislação é frágil. A lei precisava ser atualizada para que manobras dos produtores não suprimissem os direitos dos estudantes. Infelizmente o Governo Alceu cedeu a pressões dos grandes produtores e a bancada governista acatou a missão. O que será que o Rafael Bueno, que defendeu o governo com unhas e dentes, tem a dizer sobre o não cumprimento da lei?

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