Usurpador da UCES faz ato contra vereador

Na última quinta feira, 21, Gilson Fernandes, formado em administração de empresas e matriculado em curso superior que se auto intitulou presidente da UCES que é uma entidade de representação de estudantes de ensino fundamental e médio, realizou uma ato de protesto contra as ações que questionavam a sua "legitimidade" a frente da entidade.

No mesmo dia ele protocolou uma ação indenizatória contra o vereador Rafael Bueno (PCdoB) que solicitou, ao Ministério Público, que investigue Gilson e sua tomada de poder da entidade. O Ministério Público abriu uma investigação sobre o fato. Paralelo a isso estudantes secundaristas entraram com outra ação questionando o processo de eleição de Gilson e a mudança estatutária que ele implementou (leia aqui).

A principal reclamação, de Gilson, durante o ato foi que Bueno estaria ligando para as casas noturnas e estabelecimentos comerciais, dizendo que a UCES, de Gilson, não é legitima e que os estabelecimentos não deveriam aceitá-la. E, para alguém que viu na entidade secundarista, uma fonte de dinheiro fácil, isso é uma tragédia.

Fato bizarro é o uso de adolescentes para dar "carteiraço" nas casas noturnas e estabelecimentos comerciais da cidade. Como se vê na foto do protesto, uma menina usa uma jaqueta escrito "fiscalização" (veja foto acima). Esses "agentes" da entidade de Gilson vão até os estabelecimentos "verificar" o cumprimento da legislação de meia entrada. Eles também visitam escolas de formação profissional, inclusive já denunciaram algumas. Nesse caso há mais um agravante. Gilson também tem uma escola de formação profissional. Isso sim é juntar o útil ao rentável.

E não é só isso.  A UCES não é entidade de Direito Público e que não possui poder de polícia para sair aplicando notificações nos estabelecimentos comerciais, portanto uma série de ilegalidades estão acontecendo em nome da "defesa dos direitos dos estudantes".

Contudo uma das falas de Gilson contra o vereador Bueno tem um fundo de verdade. O atual vereador tentou reativar a entidade. Em 2011 numa assembleia tão suspeita quanto a de Gilson elegeu uma presidenta interina, que ao final do ano chamaria eleições. Não chamou e a entidade caiu novamente no esquecimento. Foi aí que Gilson percebeu a oportunidade.

A UCES agora seria apartidária?

Um dos depoimentos que Gilson deu a imprensa era de que os partidos queriam tomar conta da UCES e ele, portanto, seria apartidário. Essa tese não dura 5 segundos de uma conferência. Na página oficial da entidade, no facebook, podemos perceber que Gilson, a "UCES", ou quem quer que seja curte muito o movimento de fundação de um novo partido proposto por Marina Silva. Tanto que "curtem" a página de Marina Presidenta 2014, como mostra a cópia da página abaixo. Mais uma vez o discurso de apartidarismo é só isso, um discurso.



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