Greve do dia 1º de Julho é reação do conservadorismo

A chamada "Greve Geral" convocada por para a próxima segunda feira é claramente um evento fomentado pelas forças conservadoras brasileiras. No evento original  era convocado por Felipe Chamone, que é membro do PSPC (Partido da Segurança Pública e Cidadania), que é um partido que ainda busca registro no TSE. O evento chegou a ter quase 1 milhão de confirmados antes de ser retirado do Facebook, aí aconteceu algo estranho...

Chamone disse que não sabe por que a página saiu do ar e que não pretende se mobilizar novamente para convocar mais pessoas para o protesto. "Quem concordava com a causa criou seus próprios eventos, mas não tenho mais nada a ver com essas páginas que surgiram."

O músico se tornou uma figura polêmica após usuários do Facebook (alguns que haviam confirmado presença na "greve geral") notarem que ele aparecia com uma arma na foto do perfil no site. Após ser criticado, o músico trocou a imagem por uma bandeira do Brasil. Diversos posts de "alerta" pediam que as pessoas denunciassem o perfil dele e a página da greve.

Ele começou a se multiplicar, aos milhares, pelas cidades brasileiras. Como estava muito "na cara" a tentativa de criar um fato nacional com a tentativa de estabelecer uma agenda conservadora em meio aos protestos que estão acontecendo no Brasil, o evento foi diluído pela rede.

Desse jeito ele parece que não tem "dono", que foi organização espontânea. A greve geral que é recheada de pautas genéricas além de um ou dois discursos fáceis não propõem nada de muito concreto para mudar a realidade brasileira.

O único efeito que o "evento" está causando e espalhar o pânico pelas cidades. Essa tática de espalhar o pânico é típico de movimentos autoritários. Tem que ficar bem claro. Não há escolas ou lojas apoiando o evento do dia primeiro, há escolas com medo de violência contra seus alunos e lojas com medo de serem depredadas.

O evento em Caxias conta com cerca de 2 mil confirmações. Porém muitos dos confirmados fazem comentários contrário a proposta. A "greve geral" seria realizada apenas a partir das 15h30 na Praça Dante (será que a galera não iria acordar mais cedo?). Levando em conta a brutal diminuição do número de manifestantes entre o primeiro e segundo protestos na cidade, tudo indica que, fora um outro fator conjuntural externo, o evento reunirá um número muito pequeno de pessoas.

Contando existe a possibilidade de alguns setores se aproveitarem desse clima de "mobilização" um deles é o Movimento União Brasil Caminhoneiro, liderado pelo PSDB, que irá fazer uma paralisação, de 72 horas a partir das 6h dessa segunda. Na pauta do movimento, que diz estar sensibilizado com "às ruas" há a reinvindicação da criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculado à Presidência da República, uma pauta bem ao contrário dos que defendem a diminuição dos gastos públicos.

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