Interrupção dos transporte coletivo garante paralisação total em Caxias do Sul

Na madrugada desta quinta-feira, 11/07, o movimento sindical, acompanhado de outros movimentos populares, fechou os portões da Visate em Caxias do Sul. Por volta das 4 horas os manifestantes já se encontravam em frente da empresa para não permitir a saída dos ônibus urbanos. A liberação só aconteceu por voltas 8 horas.

Além do movimento sindical, representado por sindicatos da CUT e da CTB, também estavam presentes o movimento estudantil, com bandeiras da UNE, UEE Livre e DCE UCS, além de representantes do movimento comunitário.

Os trabalhadores da Visate ficaram do lado de fora da empresa e receberam o material distribuído pelo movimento, que tem como principais pautas as lutas pelos direitos dos trabalhadores (fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, luta contra a terceirização...).

Após a liberação dos coletivos da Visate, os manifestantes se dirigiram para o centro, onde haverá um manifesto na Praça Dante Alighieri durante a maior parte do dia

Também serão fechadas as principais agências bancárias da cidade, movimento articulado com o sindicato dos bancários.

Com o atraso na saída dos ônibus o comércio e serviços também são afetados. Escolas e universidades também estarão fechadas.


Parece que realmente hoje a cidade vai parar!

Para desespero dos setores conservadores isso é um fato. Apesar de Caxias do Sul ter tido poucos protestos nesse último mês, a paralisação no dia de hoje e as horas a menos trabalhadas durante os protestos anteriores geram prejuízo nos bolsos dos empresários. Num primeiro momento esse setor se mostrou totalmente patriótico e chegou a confeccionar bandeiras do Brasil, pagar faixas e cartazes com as suas pautas. Agora a situação já é outra. Com a continuidade das manifestações, com a ameaça constante de depredações  e como não conseguiram inserir a contento suas pautas já tem empresário dizendo que vai descontar o dia parado, que vai descontar as horas de atraso e por aí vai. É bom o movimento sindical ficar atento para os direitos dos trabalhadores.

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