Pesquisa Ibope mostra polarização para governador e fim da hegemonia de Simon no Senado

Confirmando a tradição gaúcha de “grenalização” ou “cajulização”, a pesquisa IBOPE, divulgada hoje, mostra um quadro de polarização nas eleições para governador do RS. Tarso Genro (PT) e Ana Amélia (PP) estão em empate técnico, 27% e 26% respectivamente da intenção de votos estimulada (onde é apresentado um cartão com os candidatos). Os demais candidatos, juntos, somam 9%. José Ivo Sartori (PMDB) aparece com 4%, Viera da Cunha (PDT) tem 2%, Sanchotene Felice (PSDB), Roberto Robaina (PSOL) e Vera Guaso (PSTU) aparecem com 1% da intenção de votos. Ainda há 18% dos entrevistados que dizem que votarão branco ou nulo e 19% não tem opinião.

Há um ano das eleições muita água deve passar nesse moinho mas o cenário inicial mostra que quem já se definiu como candidato tem uma grande vantagem frente aos oponentes. As indefinições do PMDB fazem com que o “virtual” candidato do partido, José Ivo Sartori, fique em empate técnico com o PSOL e o PSTU. O mesmo acontece com o PDT de Vieira da Cunha.

A favor da senadora Ana Amélia estaria a possível unificação da oposição em um segundo turno. Hoje ela venceria as eleições nesse caso. Do lado do atual governador está a aprovação de seu mandato, 51% aprovam seu jeito de governar e o sentimento de otimismo dos gaúchos, 51% se mostram otimistas ou muito otimistas com o futuro do estado.

Para o Senado, Simon perdeu a hegemonia.


Próximo a completar 24 anos de mandato no Senado Federal e sem ter nenhum projeto relevante o senador Pedro Simon (PMDB) vê sua hegemonia trucidada pelos candidatos mais jovens. No cenário onde ele é incluído a petista Maria do Rosário aparece com 21% das intenções de voto, Beto Albuquerque (PSB) vem empatado com Simon com 15% dos votos. O PMDB só tem chance de manter a cadeira no Senado com Germano Rigotto que lidera com 26% em um cenário e 28% em outro.

Simon já havia anunciado que não concorreria para um quarto mandato, porém voltou atrás dias depois. A pesquisa para o Senado é a mais nebulosa pois é a que menos tem candidatos definidos, mas ela já mostra um sinal evidente de que a população quer uma renovação urgente e necessária na bancada gaúcha do Senado. Rigotto tentou vaga para o Senado na eleição passada. Sua estratégia de campanha foi desastrosa. Ele contava com o segundo voto de quem preferia a Ana Amélia (PP) ou o Paulo Paim (PT). Quando o PT construiu uma campanha casada com o segundo nome da chapa Abgail Pereira (PCdoB) conseguiu evitar que boa parte de seus votos para o candidato peemedebista.

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