Racha no PDT gaúcho já preocupa cúpula nacional

O presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan, chamou de pequena dissidência, quase sutil. Até começou sutil mas hoje é um racha escancarado. Um grupo de mais de 100 pessoas (foto ao lado), contando com 18 prefeitos, 3 deputados e 3 secretários estaduais, reuniram nessa segunda feira para discutir sobre a estratégia pedetista para as eleições de 2014.

Liderados pelos secretários Afonso Motta, Ciro Simoni e Kalil Sehbe e pelos deputados Juliana Brizola, Décio Franzen e Marlon Santos, o grupo apresentou um documento onde afirma que o PDT deve manter as alianças atuais, ou seja, de composição com o governo Tarso (PT), e investir em uma candidatura viável para 2018.

No mesmo instante, em outro lugar, Vieira da Cunha que se coloca com pré candidato do partido e o novo pedetista Lasier Martins, participavam de outra reunião para discutir a candidatura própria. Apesar de Vieira da Cunha dizer que há partidos parceiros para se coligarem com o PDT ele citou legendas com pouquíssima expressão como o PSD, DEM e PPS.

A divergência entre os dois grupos aflora diferenças de construção partidária. O grupo de Vieira da Cunha, claramente, demonstra sua inclinação pela centro-direita quando apresenta como aliados partidos que são oposição ao governo Dilma, que o PDT faz parte inclusive com Ministro. O outro lado faz uma opção de centro-esquerda com uma aliança, já no primeiro turno com Tarso Genro e seguindo o alinhamento nacional do partido.

Ontem o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, se reuniu com representantes dos dois grupos. Lupi é defensor de candidatura própria. No final das contas o movimento deve fazer com que o PDT tenha sim candidatura própria para o governo do estado mas que estabeleça, num segundo turno, a opção preferencial por Tarso Genro.

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