Victório Giordano da Costa é prefeito de Caxias sem ter feito um único voto

Atualização: Victório Giordano da Costa não chegou a ficar um dia no cargo. Uma nova ação na justiça, que novamente obrigava o vice assumir estabelecia, que na recusa dele, quem assumiria seria o presidente da Câmara. Victório será incluído na ação de improbidade administrativa que está sendo movida pelo Ministério Público.

É uma situação escandalosa. Victório Giordano da Costa, procurador geral do município, assumiu o cargo de prefeito de Caxias do Sul nessa manhã. Victório não fez nenhum voto nas últimas eleições e assumiu porque o vice prefeito, Antonio Feldmann (PMDB) se recusou a suceder o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT).

Ontem a justiça determinou que Feldmann assumisse o cargo de prefeito. O Ministério Público entrou com uma representação, acionado pela bancada do PT, exigindo a posse do vice (veja aqui). A recusa de Feldmann em assumir o cargo de prefeito durante as férias de Alceu, deveu-se ao seu desejo de concorrer a deputado federal em outubro. Se assumisse o cargo estaria impedido de concorrer.

Porém a justiça entendeu que Feldmann não pode se recusar a assumir o mandato e determinou que ele teria que cumprir a sua obrigação de vice prefeito. Diante de nova recusa, o governo municipal resolveu empossar, interinamente, o procurador geral do município.

A atitude do governo municipal desagradou o promotor de Justiça Alexandre Porto França irá instaurar inquérito civil para apurar improbidade administrativa no Executivo municipal, conforme apurou a Rádio Gaúcha Serra. O promotor de Justiça entende que a recusa de Feldmann e a posse do procurador geral do município, Victório Giordano da Costa, como prefeito em exercício, na manhã desta terça-feira, podem representar violação dos princípios da administração pública, como legalidade, impessoalidade e moralidade.

A sucessão de trapalhadas cometidas pelo executivo caxiense só transparecem o pouco caso que fazem com a população. Já estava nos planos de Feldmann concorrer a deputado. O cargo de vice prefeito era um mero trampolim eleitoral.

Em tempo: Giordano da Costa é o mesmo que em fevereiro desse ano chamou a oposição de "barata" e "idiota" num debate sobre o Marrecas e Feldmann disse que se sentia um palhaço em relação ao governo Dilma. Como será que o eleitor se sente?

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