O Pastor minguou

Apontado como uma possível estrela em ascensão, numa campanha que estava dominada pela presidenta Dilma, Pastor Everaldo (PSC), chegou a figurar com 4% de intenção de votos nas pesquisas. Isso antes da propaganda eleitoral, no rádio e televisão começar, e suas propostas, contrárias às liberdades individuais serem expostas ao grande público.

Do mesmo partido do outro pastor, Malafaia, que em seu twitter fala mais em gay do que em Deus, Everaldo viu seus 4%, ou 5 milhões de votos, caírem para 3%, 2%, até ficarem em 1%, no último levantamento Data Folha, só que agora empatado com Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV), dois candidatos que ganharam muita simpatia nas redes sociais.

Foi exatamente as redes sociais que derrubaram Everaldo. Seu correligionário, o Malafaia, por Twitter conseguiu mudar as propostas de Marina Silva (PSB) sobre os direitos dos homossexuais (veja aqui). Depois comprou uma briga com a candidata Dilma (PT), também pelo twitter, onde ele acabou levando uma "surra" (veja aqui). Tudo isso acabou respingando na candidatura do PSC.

Somado a isso havia as próprias propostas do candidato que defendiam um estado mais parecido com o Talibã do que com uma democracia moderna e laica. O extremismo de suas propostas, aliadas ao discurso de ódio espalhado por suas principais lideranças fez com que as intenções de votos em Everaldo minguassem.

De um quarto candidato, que aparecia até nos gráficos das pesquisas, ele se tornou "outros", e não lidera o pelotão dos outros 8 candidatos que chegam a 1% ou menos.

Para sorte da sociedade brasileira a tese do estado laico está sendo vencedora (inclusive um dos motivos da queda de Marina nas pesquisas foi ela abandonar essa tese). O futuro, ao que parece, aponta para um Brasil com menos ódio.

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