PSB sairá esfacelando dessas eleições

Independente do resultado das eleições no próximo dia 26, tanto PSDB, quanto o PT, sairão fortes das eleições 2014. Suas bases estão coesas, o PT é a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados e o PSDB aumentou em número de deputados. Os tucanos reelegeram Alckmin, em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país e Beto Richa no Paraná. O PT obteve vitórias em Minas Gerais, outro reduto tucano, e na Bahia, além do Piaui.

Situação bem oposta vive o PSB. Em 2010 elegeu 6 governadores. Nesse ano elegeu 1, em primeiro turno e disputa mais 4 segundos turnos com poucas chances de eleger em todos. Os 22 milhões de votos que Marina Silva obteve não primeiro turno, não significaram tranquilidade para o partido, muito antes pelo contrário.

Marina Silva concorreu pelo PSB, mas ela não é do PSB. É da Rede. Sua entrada no partido tinha um condicionante: poder sair quando a Rede estivesse formada. Dentro do partido, Marina e seus correligionários, se comportam como um setor sem responsabilidade com a construção do partido e com agenda própria.

A discussão em relação aos apoios do segundo turno foram a gota da água que faltava para tudo desandar. No último dia 8 a executiva nacional do partido decidiu, por maioria, o apoio a candidatura de Aécio Neves. Contrariado com a decisão o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, neste sábado, 11,  publicou uma carta em sua página oficial na internet criticando a posição tomada pela maioria de seus correligionários da executiva nacional. Na visão dele, o PSB “jogou no lixo” o legado de seus fundadores ao optar pelo apoio a Aécio. Amaral defendia a neutralidade da sigla.

Contrariando, também, a decisão da executiva nacional, as direções do PSB do Amapá, Paraíba, Acre e da Bahia, por exemplo, já declararam apoio a candidatura da petista Dilma.

No Rio Grande do Sul a guinada para o centro já havia acontecido há bastante tempo, mas isso não evitou dissidências. Em carta pública toda a executiva do PSB de Santo Ângelo renunciou e pediu desfiliação.

Em sua carta pública os membros da direção partidária afirmaram que "Sente-se impedida de promover a campanha à eleição do candidato supracitado devido às acentuadas divergências ideológicas, às posturas dos mandatários tucanos quando detentores de cargos no Executivo Federal, às denúncias de corrupção contra o candidato e o fato de o mesmo ter realizado mau uso do recurso público em benefício de sua família, e, de forma imperativa, ao respeito à história do PSB, que possui bandeiras antagônicas às defendidas pelo PSDB."


Em meio a essa crise toda o partido se reúne hoje, para escolher o novo presidente nacional. Vai sair faísca dessa reunião.

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