Ora, pombas. Matança de novo!

Parece fácil mas não é. A vida de uma pomba em Caxias é uma aventura. De um lado tem uma fanática por pombos que distribuiu quilos de farelo duas vezes ao dia. De outro tem praticamente um grupo de extermínio desses animais alados.

Na manhã de hoje, novamente, dezenas de animais apareceram mortos na praça Dante Alighieri. Segundo os servidores da prefeitura que cuidam dos jardins da praça foram recolhidas mais de 70 animais. Provavelmente envenenados. Novamente envenenados.

Em dezembro de 2012 foram centenas. Em abril de 2013 mais umas 60. Agora um mesmo número. Obviamente não há como saber quantas morreram ao certo pois várias podem ter caído nos tetos dos edifícios nas redondezas da praça.

Se existe o receio que elas sejam vetores de doenças, envenenar os bichos também é um problema de saúde pública, pois animais domésticos, ou não, circulam pela praça, sem falar no risco do veneno ser carregado pelo vento ou pela chuva.

A explicação do secretário do meio ambiente, Adivandro Rech (PP), parece quase chacota. Ele disse que no mês que vem iria colocar em prática o plano de capturar e levar os bandos para fora da cidade. A ideia é usar redes para prender os pombos e transportá-los até uma área pública reservada. Lá, os bichos passarão por processo de adaptação.

Ele teve dois anos para colocar esse plano em prática. A apatia do secretário já beira a irresponsabilidade. Durante quase um ano ele tentou por em prática uma lei que proibia alimentar os animais. Só uma pessoa faz isso diariamente e não conseguiram impedir uma idosa de cometer, duas vezes por dia, uma infração legal.

Ninguém sabe, ninguém viu. As câmera de vigilância não irão ajudar hoje, como não ajudaram em 2013 e em 2012, pois não funcionam. Quando funcionam as imagens não mostram ninguém. Pombas e mágicos tem relação muito estreita, só que em Caxias que faz a mágica de desaparecer é o envenenador. 

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