"Cortes" de Sartori atingirão a segurança pública

Brigadianos aprovados no concurso não serão chamados,
pelo menos até a metade do ano
Foram precisos 5 dias para que o governador Sartori (PMDB) descumprisse a primeira proposta de campanha, a ampliação do efetivo da Brigada Militar. Como todos sabem o governador, durante a campanha, propôs, diretamente, muito pouca coisa. Mas foi possível levantar alguns pontos (veja aqui). Esse foi o primeiro a não ser cumprido.

Os cerca de 2 mil aprovados no concurso da Brigada Militar (BM), que iriam repor parte da defasagem de efetivo no policiamento ostensivo e no Corpo de Bombeiros, não serão chamados para começar os cursos preparatórios. Além disso os 650 políciais cívis que haviam sido convocados no final do governo Tarso (PT) não devem ser nomeados.

Esses policiais deveriam ser nomeados no começo do ano para passarem por treinamento para, só depois, exercerem suas atividades. Com o decreto, assinado pelo governador Sartori, que proíbe novas nomeações, contratações e realização de concursos por 180 dias, esses novos policiais só começariam o curso, se tudo der certo em julho e entrariam em efetividade no final do ano.

Além de não aumentar o efetivo e, com isso, obrigar uma sobrecarga maior de trabalho dos policiais e bombeiros, outra questão está deixando-os preocupados, a suspensão das nomeações. O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil (Ugeirm), diz que há medo, na categoria, com os comentários de que podem haver represamento de promoções e até corte nos salários.

Sartori mostra, agora mais claramente, o projeto de governo que ele vai implementar. Não se diferenciará muito da ex-governadora Yeda. Redução drástica dos serviços do estado, políticas sociais sem apoio e privatização da maquina pública para beneficiar os mais próximos do poder. O "saneamento das contas públicas" será pago pelos gaúchos e gaúchas mais pobres, justamente os que mais se utilizam dos serviços do estado, que estará ausente. 

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