Caxias leva "drible da vaca" e Garibaldi é escolhida como cidade para o campus da UFRGS

Reunião com prefeitos decidiu Garibaldi como sede da UFRGS
Os prefeitos da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) votaram, na última sexta-feira, a indicação de uma área de 23 hectares, em Garibaldi, que hoje é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Uva e Vinho para ser indicado à reitoria da UFRGS. Esse terreno seria utilizado para a instalação de uma unidade da universidade na Serra Gaúcha.

O prefeito em exercício de Caxias do Sul, Antonio Feldmann (PMDB) apresentou uma área de 7 hectares, no Desvio Rizzo. A proposta do representante de Caxias só obteve o seu voto. Os outros 17 prefeitos escolheram a área de Garibaldi.

Outro terreno que estava em discussão era uma área pertencente ao município de Farroupilha, com 29 hectares, e que também era defendida pela Comissão Pró-Universidade Pública da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Entretanto nem o prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves (PDT), ou outra pessoa, defenderam a proposta.

O presidente da Amesne, Aicaro Umberto Ferrari, deverá, em audiência, juntamente com prefeitos da região e o chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho nos próximos dias, entregar um documento para o Reitor da UFRGS, Carlos Alexandre Netto.

Para Caxias do Sul, nessa discussão, sobrou proselitismo e amadorismo. O representante do executivo caxiense apresentou uma proposta, absolutamente ridícula e, pior, sem combinar com o representante do legislativo. Pior ainda, ambos são da base governista.

Durante anos a discussão sobre a instalação do Campus da UFRGS na Serra rende comissões, debates e até atos públicos. Na prática tudo isso não resultou em nenhum resultado prático. O presidente da Comissão Pró-Universidade Pública, Rafael Bueno (PCdoB) reclama da postura do vice prefeito: " Feldmann assume uma negociação e apresenta esta área de sete hectares que, logicamente, é pouco para a construção de um campus, e passa por cima de uma comissão já articulada. O que nos parece é uma manobra política", sentencia.

Feldmann se defende: "Nós não podíamos lavar as mãos e não defender Caxias, mas temos de entender que a região está se constituindo em um aglomerado. A outra área é de Farroupilha, que não fez a defesa".

Se a polêmica esquentar é capaz da UFRGS pular fora e ninguém levar nada. Parece que o Guarany de Garibaldi deu um drible na dupla CaJu (para manter a metáfora futebolística do título).

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