Ex deputado tucano é condenado envio ilegal de mais de R$ 3 milhões ao exterior



A Justiça Federal em Minas condenou o ex-deputado pelo PSDB, Vittorio Medioli a cinco anos e cinco meses de prisão pelos crimes de evasão de divisas e manutenção clandestina de depósitos no exterior. O valor, apurado pelo Ministério Público mineiro, foi de US$ 595 mil em 2002 (mais de R$ 3 milhões em valores corrigidos).

O tucano é um dos indiciados pelas investigações da Operação Farol da Colina, que desmontou uma rede composta por mais de 60 doleiros, entre eles Alberto Youssef, que na época se utilizou da delação premiada, recurso que está utilizando novamente no caso Petrobras.

A Operação Farol da Colina é um desdobramento do caso Banestado que apurou o envio de US$ 30 bilhões de políticos para o exterior entre 1996 e 2002, durante os governos tucanos em Minas e no governo federal. Na época Vittorio era deputado federal pelo PSDB.

A quadrilha utilizava uma conta subconta mantida pela Beacon Hill Service Corporation junto à agência do Banestado em Nova York (EUA). De lá o dinheiro era transferido para um banco da Suiça.


A juíza Rogéria Maria Castro Debelli, da 4ª Vara Federal de Belo Horizonte, destacou que o motivo do crime era o “enriquecimento fácil”, e que as circunstâncias “revelam audácia e indiferença do acusado”.

Em seu despacho a juiza ainda afirmou "As consequência do crime são graves, tendo em vista que os fatos ora julgados integram-se a um esquema de evasão, sonegação e lavagem de capitais, operacionalizados por intermédio da empresa Beacon Hill Corporation, para o qual o acusado emprestou colaboração, disponibilizando para evasão do País e custódia no exterior, recursos financeiros vultuosos".

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