Governo estuda taxação sobre grandes fortunas

"Estamos estudando e vai haver medidas que vão atingir o andar de cima", afirmou o ministro do Planejamento Nelson Barbosa. A fala do ministro foi durante uma reunião com a bancada do PT, no Senado, na última quarta-feira (25). A medida seria uma resposta à pressão dos congressistas, principalmente do PT, que pedem que os ajustes do governo também atinjam as pessoas mais ricas.

A Senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) confirmou o conteúdo da reunião ao jornal Folha de São Paulo.  "Nós colocamos que essas medidas eram importantes, que achávamos que deviam ser feitas algumas adequações [nos ajustes já anunciados], mas que seria muito importante que tivéssemos também medidas que atingissem quem tem renda maior na sociedade", afirmou a senadora.

Estiveram com Babosa e outros quatro ministros Manoel Dias (Trabalho), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), Carlos Gabas (Previdência) e Pepe Vargas (Relações Institucionais).

Hoje a alíquota máxima do imposto de renda é de 27,5% para quem ganha mais de R$ 4463,81 por mês. Com a inexistência de faixas de imposto de renda para valores maiores acontece a distorção do sistema tributário, que não acontece só no Brasil, quem ganha menos acaba pagando, proporcionalmente mais impostos do que quem ganha mais.

A maior parte dos países do mundo taxa muito a produção (bens e serviços) e muito pouco a renda. Isso acontece porque os empresários preferem repassar o custos dos impostos para seus produtos do que pagar imposto de sua própria renda.

E os ricos acumulam, com isso, cada vez mais dinheiro. Um estudo da organização britânica Oxfam chegou a um dado alarmante. Em 2016 os 1% mais ricos deterão mais riqueza que os outros 99% habitantes do planeta! (veja aqui).

Se o governo Dilma realmente bancar a proposta vai ser interessante ver quem realmente quer uma justiça tributária no Brasil e quem apenas dá discurso vazio.

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