Tática Black Bloc é usada para manter bloqueio de estradas

Qual a diferença de colocar fogo num contêiner de lixo ou em pilhas de pneus?

Nenhuma. Na prática as duas formas impedem o avanço, seja da polícia, das pessoas ou do tráfego em uma rua ou estrada.

O que ficou conhecido, pós junho de 2013, como tática Black Bloc está sendo largamente utilizada, no Rio Grande do Sul, para garantir que os bloqueios de caminhões sejam mantidos, principalmente na Região Sul.

Temos em Camaquã o exemplo mais evidente. Um carro chegou a ser queimado no meio da pista para impedir a passagem de carros e caminhões.

Em todos os pontos de manifestação há reclamações de caminhoneiros que afirmam (veja vídeo abaixo) que são obrigados a ficarem parados. Caso sigam viagem são perseguidos e tem seus veículos apedrejados.

Uma dessas perseguições acabou resultando, infelizmente, na morte de uma pessoa. Em São Sepé um caminhão furou o bloqueio e foi perseguido por manifestantes, quando o caminhão foi ultrapassado, uma história ainda não explicada, o caminhoneiro atropelou a pessoa que estava na estrada.

Em Rio Grande, na manhã de hoje, caminhões que iam buscar combustível para os postos de gasolina foram apedrejados.

Uso partidário do movimento


O movimento perde força em todo o país. Ao contrário dessa tendência ele fica mais violento no sul do país. Por trás disso está a clara politização nos bloqueios. Lideranças do PP andam com líderes caminhoneiros a tira-colo em Brasília.

Ivar Schmidt, alavancado como líder independente do movimento, recebe apoio dos deputados Covatti Filho (PP/RS) e Jerônimo Goergen (PP/RS). Além de uso das estruturas dos gabinetes em Brasília, informações dão conta que ele recebe auxílio para hospedagem e alimentação.

Ivar é dono de uma empresa transportadora no Rio Grande do Norte e lidera bloqueios no Rio Grande do Sul. Detalhe, não há bloqueios onde a sua transportadora opera.

Em Três Canhoeiras o prefeito Nestor Sebastião também do PP, bancou almoço para 900 caminhoneiros (equivalente a 10% dos habitantes da cidade), ao que tudo indica com recursos da prefeitura.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí, Carlos Litti desistiu de participar de protestos. "Não concordamos com a proposta do governo, mas apareceram interesses partidários que não são os da categoria", sentencia.



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