Governo Sartori cortará 3 mil leitos hospitalares no interior
Mais uma vez o governo Sartori (PMDB) toma o caminho ao contrário do que havia proposto, do pouco que havia proposto. Um anúncio do secretário estadual de saúde, João Gabbardo (PMDB), demonstrou a intenção do governo do estado em reduzir em 50% o número de leitos em hospitais de pequeno porte, todos no interior do estado.
Serão 3 mil leitos a menos e, segundo o secretário, serão remanejados, mas não integralmente porque o custo é maior, em leitos de média e alta complexidade. No final do remanejo não se sabe quantos leitos públicos serão cortados, mas se sabe que haverá a necessidade dos moradores, de centenas de municípios serem levados até um município maior para atendimento de saúde.
Ter hospitais regionais de referência não é errado. O errado é fechar hospitais, ou trasformá-los em postos de saúde apenas para economizar dinheiro. Um dos exemplos dessa centralização, apresentado pelo secretário, é os partos. Gabbardo defende que centralizar os partos em unidades que possam fazer um maior número de procedimentos é melhor do que manter estruturas locais de baixa demanda.
Isso obrigará uma gestante, por exemplo, a se deslocar de um município menor para um hospital regional, enfrentando trânsito e a distância da família. O investimento na chamada "ambulanciaterapia" é um retrocesso nas políticas de saúde investidas nos últimos anos.
A medida do secretário de saúde contrariam duas das propostas apresentadas por Sartori durante a campanha. Das poucas que Sartori apresentou duas falavam de "estimular a modernização de hospitais, especialmente no interior" e "descentralizar os serviços de saúde". Com o remanejo de leitos e o fechamento de hospitais das duas propostas foram por água abaixo.
Quem perde é a população toda e não só quem votou no Sartori
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