Conheça Leopoldo López, o político venezuelano que Aécio foi apoiar

Leopoldo López, segundo palavras do Guardian, "é um político de sangue-azul", ele vem de "uma das famílias mais poderosas da Venezuela". Esse é o homem que Aécio Neves (PSDB) e mais um grupo de senadores de oposição foram demonstrar apoio na semana passada. 
 
Se ele só fosse extremamente rico isso não seria problema, mas seria um grande ponto de convergência entre o venezuelano e o tucano. Acontece que a relação dele com o golpismo na Venezuela vem de longa data. 
 
Em 2002 , dias antes do golpe contra o presidente Hugo Chavez, López  liderou manifestações contra o presidente eleito. Franco atiradores, articulados pela oposição, dispararam contra uma das manifestações matando e ferindo manifestantes. O governo foi acusado pelas mortes e esse foi o estopim do golpe. A situação toda foi relatada no documentário "A Revolução não será televisionada", dos irlandeses Kim Bartleyl e Donnacha O'Briain. López não só apoiou o golpe como participou da prisão de dirigentes do governo chavista.
 
Durante as eleições presidenciais de 2014, López representou a aliança mais raivosa contra o governo venezuelano. Enquanto Caprilles representava a ala moderada, López acreditava que protestos, violentos ou não, eram a forma de provocar as mudanças que ele defendia. 
Passada as eleições ele liderou uma série de protestos que incluíam barricadas nas ruas. Esses enfrentamentos resultaram em mais de 40 mortos e 900 feridos. 
 
López foi preso em 18 de fevereiro de 2014. Durante o inquérito inicial a justiça retirou as acusações de terrorismo e assassinato, mas manteve as acusações de incêndio, dano ao patrimônio, incitação ao crime e formação de quadrilha. 
 
López não é um preso político. É um político preso. 

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