Desarticulação e personalismo retiraram campus da UFRGS de Caxias

Garibaldi ou Farroupilha uma dessas cidades deverá ser a sede do campus Serra da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. A decisão ainda depende de liberações de áreas e a unificação das lideranças regionais, mas uma coisa é certa: Caxias está fora da disputa.

Desde o início da discussão até agora uma leva de políticos caxienses utilizaram-se desse debate para fazer politicagem. Concentrando-se somente na vinda da UFRGS as lideranças de Caxias deixaram praticamente de lado as outras duas instituições públicas da cidade: a UERGS, que está definhando e o IFET, que começa a progredir agora com prédio próprio.

Mas isso nunca pareceu interessar aos políticos caxienses que preferiam apenas criar comissões na Câmara de Vereadores.

Dentre as opções que serão escolhidas está uma área da Embrapa, em Garibaldi, que é a preferida da maioria dos prefeitos da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne). Já haveria uma concordância da Embrapa em ceder o terreno, basta o MEC aceita.

A outra proposta, em Farroupilha, segundo o vereador Rafael Bueno (PCdoB) já teria sido desapropriada. Informação que não foi confirmada pela prefeitura da cidade.

Instalar a unidade da UFRGS em outra cidade da região, para espalhar o desenvolvimento, não é um problema. O problema é fazer, durante anos, uso poilítico da proposta só para beneficiar alguns políticos.

Mas não houve só politicagem, houve muita incompetência do poder público. A prefeitura de Caxias do Sul nunca apresentou nenhuma proposta de área ou de localização para que fosse discutida. O poder público municipal achava que bastava a inércia, ou seja, ser a maior cidade já era o suficiente. Pois é. Não é. Do mesmo jeito que quase perdeu uma unidade do Instituto Federal, por ter apresentando uma área totalmente inadequada, Caxias perde a UFRGS para outras cidades.

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