Milhares saem às ruas em defesa da democracia

Cartazes em sem erros de português, nenhum heroi fantasiado, nenhum pedido de golpe, volta da ditadura ou morte de qualque pessoa. Ninguém mostrou os seios ou baixou as calças. Muitos negros, pardos, brancos e principalmente, trabalhadores. E todos unificados com uma fala: A defesa da Democracia.

Esse é o resumo dos atos que aconteceram em todo o país no dia de ontem, 20. Ao contrário de domingo passado, 16, onde os contrários ao governo Dilma desfilaram um sem número de insanidades, como a volta do Sarney, da ditadura e inúmeros elogios ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, denunciado pelo MPF por corrupção, os movimentos sociais que saíram as ruas ontem defendiam a democracia como princípio.


Também ficou bastante evidente as pautas para avanços nos programas sociais. Por conta disso um dos alvos foi a política economica patrocinada por Joaquim Levy. A maioria dos manifestantes acredita que essa seria a política aplicada por Aécio e não por Dilma, aí reside a crítica.

As polícias militares que aumentaram enormemente os números de participantes de domingo, jogaram para baixo os números da quinta feira. A verdade é que um número superior a 100 mil pessoas defenderam a democracia e as instituições nessa quinta feira.

Difente de quem foi a rua no domingo, os manifestantes anti-Dilma, interagiram com o povo. Fazer atos em ruas fechadas, bloqueadas e em centros desertos tem a vantagem de isolar seu público de eventuais críticas, que quando aconteciam eram tratadas com violência. Os manifestantes pró-democracia fizeram atividades em locais públicos, lotados de pessoas.


"Para além da manifestação política, havia um componente típico no comportamento das pessoas nessas horas -- a alegria. Elas confraternizavam entre uma palavra de ordem e outra, faziam piadas, planejavam novos eventos. Estavam felizes por estar ali e gostavam do que podiam ver. Quando apareceu um infiltrado, gravando seus próprios gritos e imagens pelo celular, quem estava próximo limitou-se a rir de um esforço patético para tentar atrapalhar a manifestação". 

Essa é a questão diferencial. Pouco importa os números e sim a atitude. Domingo, uma turba raivosa que faria o Brasil voltar para um país de poucos , ou os manifestantes pela democracia dessa quinta feira que querem construir um país para todos, inclusive para os raivosos.

Brasília é um exemplo disso. A manifestação, com cerca de 3 mil pessoas saiu de uma praça e foi até a Rodoviária (que em Brasília é para ônibus urbano), lá, em meio a população não se ouviam palavras de hostilidade, muitos antes pelo contrário, como foi relatado do jornalista Paulo Moreira Leite:

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