Direita faz chantagem por volta do financiamento empresarial de campanha


Mesmo considerada inconstitucional pelo STF e vetada pela presidenta Dilma, a direita não aceita a derrota e tenta, a todo custo trazer de volta as doações de empresas em campanhas eleitorais.

O desespero do PMDB, DEM, PSDB, etc é visível. Sem o financiamento empresarial a disputa fica mais igual, principalmente nas eleições municipais onde o peso do poder econômico fala mais alto.

O discurso usado por esses partidos é que sem o financiamento empresarial o caixa dois irá aumentar. Nada mais falácioso. Sem a possibilidade de jorrar dinheiro de empresas nas contas dos candidatos fica mais fácil comparar uma campanha milionária de outra mais modesta. Com a restrição de contribuições de pessoas físicas fica impossível colocar milhões de reais em CPFs.

A ofensiva conservadora começou nessa terça-feira (29). Um almoço articulado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) reuniu PMDB, DEM, PSDB, PP, PR e PTB. Esses partidos acordaram que só darão quórum nesta quarta feira (30) na votação dos vetos da presidente Dilma se o veto ao financiamento empresarial estiver na pauta.

A ação dos partidos além de ser antirepublicana bate de frente com a própria decisão do STF em considerar a medida inconstitucional. Lideres oposicionsitas como Aécio Neves (PSDB) e Agripino Maia (DEM) pressional do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) para colocar o veto na pauta. Calheiros já disse que a manobra passaria uma imagem muito ruim, e casuística, do parlamento brasileiro.

Se não houver quorum os vetos não serão julgados e medidas que somam mais de R$ 45 bilhões. Manter esses vetos é parte da sinalização de austeridade ao mercado que, paradoxalmente, a oposição clama que o governo deve fazer. A contradição da oposição vai além do discurso, beira a irresponsabilidade de destruir o país.

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