PT busca na justiça mandato do vereador Kiko Girardi


Enfim, o vereador Kiko Girardi se desfiliou do PT e ingressou no PSD. O vereador já há muito tempo não vinha se alinhando às posições programáticas do partido e já não votava mais com a bancada do PT. Kiko é uma liderança comunitária do Bairro Serrano, vinculou-se ao PT por ter referência no ex-Prefeito Pepe Vargas que em sua gestão ajudou a regularizar a região e na Vereadora Ana Corso. Dificilmente sua relação tenha sido ideológica e, por não conhecer o programa do partido se desiludiu.

Seu mandato também é bastante limitado, é mais uma espécie de presidente do bairro com status de vereador. Com um mandato pouco politizado, Kiko exerce um mandato muito dependente das pequenas obras da Prefeitura, obras como calçamento de ruas, desentupimento de boeiro, conserto de luz em vias públicas. Ações que a Prefeitura já tem a obrigação de fazer. 

No entanto, esse proselitismo barato com a máquina pública é comum na gestão Alceu/Sartori. Os presidentes de bairros também são dessa forma cooptados, são representantes de bairros que demandam essas obras de manutenção na cidade e se tornam lideranças para suas comunidades. É a forma mais antiga, enfadonha e demagógica de fazer política. Um dever e uma obrigação se torna um favor, que se torna um compromisso, que se tornam votos. 

O mandato do vereador Kiko tem esse caráter, e por isso depende quase que exclusivamente dos serviços da prefeitura e estando ele no PT que é oposição à atual administração, ficava difícil seus pleitos serem atendidos. O vereador percebeu isso e trocou de partido. Obviamente o PT procura na justiça a devolução do mandato do vereador que só se utilizou da sigla. 

Um vereador dificilmente se elege sozinho. O PT se coligou nas ultimas eleições com PRB, e juntos, somados todos os votos dos candidatos a vereadores desses partidos e mais os votos das suas legendas garantiram 4 vagas das 23 existentes. Esse cálculo é a soma dos votos válidos divididos pelo número total vagas de vereadores, o chamado coeficiente eleitoral. Portanto, Kiko não se elegeria somente com seus votos, ele precisou de todos os outros votos da legenda e de outros candidatos que não se elegeram para abrir 4 vagas e ele só assumiu porque era um dos mais votados.

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