"Se a Feira sair da praça os livreiros não vão com ela"

Essa foi a fala de um dos donos de livraria que realizaram um protesto no da tarde de ontem, domingo. O protesto era contra a decisão, unilateral, de alterar o endereço da Feira do Livro de 2016 para a Estação Férrea.

A decisão do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) já era para vigorar nesse ano, mas a pressão das livrarias foi tão grande que ele voltou, momentaneamente, atrás.

O protesto foi uma grande ciranda ao redor do chafariz e mobilizou as pessoas que frequentam o evento.

A secretaria de cultura, Rúbia Frizzo, que afirmou que respeita todas as manifestações, não agiu como o seu discurso. Os manifestantes foram impedidos de usar o sistema de som da Feira. Foram obrigados a falar em uma pequena caixa de som instalada do lado do café que funciona junto a feira.

Assim que começaram as falas os responsáveis pelo som aumentaram o volume. Vaia e gritos de "RESPEITO" fizeram o volume baixar. Houve até um princípio de tumulto. A manifestação prosseguiu aos gritos de "A feira é na praça ". Aumentaram o volume de novo. Só conseguiram indignar mais ainda mais as pessoas.

O ato prosseguiu quando os responsáveis pelo som finalmente reduziram o som.
A proposta de transferência para a Estação Férrea contraria os donos de livrarias e frequentadores mais assíduos. Na avaliação deles o novo local fica deslocado do caminho usual das pessoas. "Na Praça Dante as pessoas passam pela feira, na Estação Férrea, talvez em no final de semana com muita divulgação as pessoas irão lá, e nos dias de semana?", questiona Fernado Berti Rodrigues, proprietário do O Colecionador.

A associação dos livreiros afirma que as empresas de Caxias, Região e de Porto Alegre não irão para o novo local. E deixam a pergunta: "como a prefeitura fará a Feira do Livro sem livrarias?".

Fica no ar também a pergunta. Vale a pena o prefeito ser tão intolerante?

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