Barragem do Marrecas segue sem atender a população

Quase 10 meses depois da inauguração a maior obra eleitoreira do Governo Sartori (PMDB) segue sem levar uma única gota de água para as casas dos caxienses. Feitas às pressas, com atropelo na legislação ambiental e custando mais do que o dobro do orçado, a barragem do Marrecas foi amplamente utilizada na campanha eleitoral e até agora não tem data prevista para começar a fornecer água (veja aqui).

O primeiro prazo proposto pelo atual diretor presidente do Samae, Eloi Frizzo (PSB), foi maio, depois foi outubro, a nova data é dezembro. Um ano depois de inaugurada. A demora toda é porque ela não está pronta. O que foi inaugurado foi apenas a barragem. Falta completar a Estação de Bombeamento de Água Bruta (EBAB) que vai levar a água até a estação de tratamento. Depois ela será distribuída para a região Nordeste, que inclui São Ciro, Jardim das Hortênsias, De Lazzer e São Cristóvão.

Para a água chegar até os bairros da região norte, utilizando assim a capacidade máxima da represa, são necessários mais R$ 25 milhões em investimentos. Para essas obras a prefeitura depende, novamente, do governo federal.

O Samae sozinho não conseguirá absorver esse financiamento extra. Ela já está super endividado. Só de taxa do Fundo Municipal de Recursos Hídricos que ele terá que devolver, pois foram cobrados ilegalmente, são mais de R$ 16 milhões.

Para conseguir construir a represa para as eleições a autarquia se endividou e agora usa mão de todos os recursos possíveis, inclusive aumentos de conta acima da inflação para fazer caixa. Para pior o número de Cargos de Confiança no Samae é altíssimo. São 16 CCs, muitos "sem função".

Se não tivesse sido mentirosas as ameaças de racionamento feitas pelo ex-diretor, Vinícius Caberlon, nossa situação no verão seria muito dramática, e enfrentaríamos racionamento.. Para nossa sorte foi jogo de cena, e sobra apenas a incompetência dos gestores municipais.

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